terça-feira, 22 de julho de 2008

Segunda-feira

Acordei com o som do Yuval batendo na porta e com os corvos grasnando. A noite foi tao boa que sonhei -- se bem que foi um pesadelo horrivel. Tomamos cafe da manha e, entao, fomos ao rio Dan (um dos afluentes do Jordao). Curtimos a agua gelada que vem do degelo das montanhas libanesas e, depois, almocamos no Dag al hadan ("peixe no Dan", em hebraico).

Seguimos para outro afluente do Jordao e la tomamos o cafe turco do dia -- o Ran tem um fogaozinho so para esquentar a agua. Mais tarde, o Yuval e a Daniela me deixaram em Hadera, na estacao de onibus, e seguiram adiante para a casa dos pais dela.

Peguei o onibus para Tel-Aviv, o que foi, ate agora, certamente a experiencia mais aterrorizante da viagem. Cheguei a metropole as 22h e nao sabia o que fazer. Precisei ligar para o albergue para pedir que nao fechassem a recepcao e tratei de descobrir como se chegava la. A estacao de onibus de Tel-Aviv e enorme, tem diversos andares, mas estava vazia -- as pessoas nao falam ingles, como em Jerusalem, e tampouco estao dispostas a te ajudar.

Em tudo, Tel-Aviv me parece ser uma cidade dificil. Como Sao Paulo. Pensei, por alguns instantes, que eu tinha me metido em uma fria das grandes. Mas, com muito auto-controle, consegui chegar ao albergue, onde me hospedaram em uma "tenda de beduino" -- o que e um eufemismo para um colchao no telhado.

Reclamacoes a parte, o albergue e bem bacana. Quando cheguei, estava acontecendo uma festinha no telhado, e o banheiro e o chuveiro sao bem melhores que os do albergue de Roma ou do de Jerusalem. E foi otimo acordar de manhazinha com o sol majestoso dando bom dia ao mediterraneo -- que posso ver da sacada, onde estou dormindo.

Mas Tel-Aviv fica para o proximo post.

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